terça-feira, janeiro, 2025

Conheça o Monte Érebo, vulcão na Antártida que expele por dia R$ 32 mil em ouro

Que vulcões costumam expelir lava, fumaça, gases, cinzas, e até mesmo minérios quando entram em erupção você já sabe. Mas você já ouviu falar em um vulcão que expele pó de ouro? É o que tem feito o Monte Érebo, um dos vulcões mais ativos do planeta. São cerca de 80 gramas de ouro por dia, o equivalente a cerca de R$ 32 mil.

A estrutura está localizada na Antártida, na Ilha Ross, integrando parte do famoso Anel de Fogo do Pacífico, onde se encontram 1,6 mil vulcões ativos. A estrutura tem uma elevação de 3,7 mil metros. Seu nome, Érebo, é uma referência à personificação das trevas na mitologia grega, informou o IFL Science. O jornal científico britânico afirmou que o vulcão estava em erupção quando foi avistado pela primeira vez, em 1841.

O Monte Érebo expele regularmente nuvens de gás e vapor e, em episódios anteriores de suas atividades, chegou a ejetar blocos de rocha parcialmente derretida, episódio conhecido como “bomba vulcânica”. O ouro, por sua vez, é lançado através das rajadas de gases, em minúsculos cristais de ouro metálico, medindo até 20 micrômetros.

Especialistas da Agência Espacial Americana (Nasa), citados pelo jornal argentino Infobae, afirmaram que o vulcão fica acima de uma fina fatia de crosta, facilitando a rocha derretida de subir do interior da terra, transportando o minério para a superfície e cristalizando-o.

Além disso, pesquisadores da Antártida, segundo o IFL Science, encontraram vestígios de ouro no ar a mil quilômetros de distância do Monte Érebo. Por estar um local remoto, sua atividade é monitorada através de satélite, segundo o Instituto Smithsonian.

Apesar de chamar atenção pelo fato inusitado, o vulcão já foi cenário de desastres. Em 28 de fevereiro de 1979, um voo colidiu de frente com a lateral do vulcão, matando todas as 257 pessoas que estavam a bordo. O avião fazia parte de um programa da Air New Zealand, que permitia aos passageiros fazer um voo turístico “bate e volta” de 11 horas de Auckland, uma cidade na Ilha Norte da Nova Zelândia, até a Antártida.

Perto do local do acidente, de acordo com a BBC, as equipes de resgate encontraram câmeras dos passageiros. Em algumas imagens, tiradas momentos antes do impacto, era possível observar que a a visibilidade estava adequada no momento da batida, e que o piloto voava abaixo das nuvens.

Descartada a hipótese de baixa visão, acredita-se que um “apagão” tenha sido a causa do acidente: o vulcão teria sido coberto de gelo e ficado “invisível” pelo luz. Assim, o piloto não teria conseguido avaliar a distância e teria presumido que a mancha branca na frente era gelo e neve na paisagem abaixo.

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